Resumo:
Há mais de 25 anos trabalhando com a Mobilização Social em Saúde junto à
Gerência Regional de Saúde de Itabira observamos por meio de nossa atuação e
trabalho na Assessoria de Comunicação Social que as ações e serviços
implementados e desenvolvidos na Instituição ainda não conseguiram atingir com
excelência o interesse e a compreensão da população sobre o funcionamento, a
organização e o acesso aos serviços do Sistema de Saúde. Nem tampouco alcançar
os objetivos propostos de sensibilizar e envolver a população quanto à
imprescindível necessidade de sua participação mais efetiva nas ações de
mobilização em saúde, para garantir que as propostas de prevenção e promoção da
saúde sejam capazes de responder, em nível satisfatório e com eficácia, as ações
desenvolvidas pelas equipes de saúde, refletindo uma sociedade que compreenda a
importância e se interessa pelas questões que envolvem a educação em saúde e o
cidadão como protagonista dessa história construída dialogicamente pela população
e os governos. Sendo assim, este trabalho discute como a comunicação e a
mobilização social em saúde podem atuar como estratégias para a maior
compreensão e funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) nos seus
aspectos técnicos, econômicos e organizacionais, de acesso e inclusão das pessoas
no sistema assistencial à saúde, de modo a contribuir para a melhoria da qualidade
de vida e saúde de todos os brasileiros, bem como o maior entendimento da
população sobre os canais de funcionamento do Sistema e as ações desenvolvidas
e disponíveis em seus diversos pontos de atenção à saúde. A metodologia utilizada
foi a revisão narrativa da literatura realizada a partir da busca de artigos,
dissertações e teses na bases de dados Literatura Latino-Americana em Ciências da
Saúde (Lilacs), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scientifc Eletronic Library Online
(Scielo) utilizando os descritores: comunicação em saúde, mobilização em saúde,
mídias, redes sociais e Sistema Único de Saúde. Procedeu-se ao cruzamento dos
descritores comunicação, mobilização e Sistema Único de Saúde. Conclui-se que a
partir do entendimento da comunicação dialógica, que deve estar presente na
comunicação, as novas demandas do SUS precisam cuidar da aproximação da
comunicação em saúde com os usuários do Sistema para melhorar o funcionamento
e compreensão das ações e serviços de saúde prestados pelo SUS. Persiste o
desafio de vivências reflexivas e participativas nos vários cenários de assistência à
saúde ofertadas pelo SUS, de forma a promover um compartilhamento de saberes
que conduza ao entendimento entre os interlocutores envolvidos no ato
comunicativo, quer seja, a, maior compreensão do funcionamento do Sistema para
facilitar o acesso do usuários aos serviços de saúde.