Resumo:
Este trabalho é um relato de experiência sobre a implantação e o funcionamento da Assembleia de Usuários de um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas – CAPS AD de Itaúna, um município da região Centro-Oeste do estado de Minas Gerais.
A partir do início do movimento da Reforma Psiquiátrica, no final dos anos 70, fomentaram-se discussões sobre as práticas de cuidado com os usuários dos serviços de Saúde Mental e fez-se necessária uma reinvenção sobre a antiga concepção hospitalocêntrica anteriormente dominante com foco na doença em detrimento do sujeito. A forma de tratamento defendida pelo movimento da Reforma Psiquiátrica passa a ser a do tratamento em liberdade, no qual preconiza-se que a atenção e o cuidado podem e devem ser feitos no território e em liberdade.
Um dos dispositivos do tratamento em liberdade são os espaços criados nos serviços substitutivos, aqui citando as Assembleias de Usuários, como meio de participação dos usuários no seu tratamento, assumindo uma postura autônoma, protagonista e cidadã, participando ativamente das decisões clínicas e institucionais nos serviços de saúde.