Resumo:
Este artigo teve como objetivo estudar a possível correlação entre o uso prejudicial de álcool e outras drogas entre homens e o suicídio. Para alcançar o objetivo, o trabalho usou como método a revisão bibliográfica, realizada em Bases de Dados de Enfermagem (BDENF), na Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) disponíveis na Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) e, também, na Biblioteca virtual do Scientific Electronic Library Online (SCIELO), no período de novembro de 2018 a junho de 2019. Pelos fatos analisados pode-se constatar que, no Brasil cerca de 67 milhões de pessoas mantem o comportamento de consumir álcool de forma regular e, dessas 17%, o que equivale a 11 milhões de pessoas, fazem uso de álcool de forma prejudicial. Sobre o uso de cocaína em suas diversas formas vale ressaltar que 20% do consumo mundial se encontra no Brasil. Em relação ao suicídio, o Brasil se destaca entre os dez países com os maiores números absolutos chegando a 9.852 mortes em 2011. Os números sobre suicídio e uso prejudicial de álcool e outras drogas se tornam mais alarmantes quando observado na população masculina. Os homens consomem drogas de forma prejudicial com mais frequência do que mulheres e cometem quatro vezes mais suicídio do que elas. Dentre os suicídios com origem em transtornos mentais, os transtornos por uso de substâncias psicoativas (em especial o álcool) ocupa o segundo lugar perdendo somente para os transtornos do humor (depressão). Os homens se destacam por estarem mais susceptíveis aos transtornos mentais relacionados ao uso de substâncias psicoativas. O uso do álcool se comparado ao uso de outras substâncias psicoativas é o que mais se relaciona às tentativas de suicídio e, novamente quando comparados, os homens se destacam, 28,3 % e 7% mulheres.