| dc.description.abstract |
O tratamento das doenças mentais representa um desafio complexo, e requer a atuação de uma equipe multiprofissional de atenção especializada em saúde mental. O farmacêutico, embora não seja integrante obrigatório desta equipe, na prática, exerce função importante no tratamento dos pacientes desses serviços, uma vez que o medicamento é uma importante ferramenta para o tratamento dos transtornos mentais. Contudo, pouco se sabe sobre a inserção do profissional farmacêutico em Saúde Mental, suas ações, bem como os resultados clínicos, humanísticos e econômicos das intervenções. O presente estudo pretende avaliar as pesquisas sobre as intervenções farmacêuticas junto aos pacientes com doenças psiquiátricas no Sistema Único de Saúde (SUS). Realizou-se uma revisão bibliográfica nas bases de dados PubMed e LILACS. Foram considerados estudos que apresentassem intervenção do farmacêutico em pacientes com transtorno mental, submetidos a tratamento em algum estabelecimento ambulatorial e/ou hospitalar de saúde mental pertencentes ao SUS, em que foram analisados objetivamente algum desfecho desta intervenção, publicados nos últimos dez anos, sendo estudos primários, constituídos de ensaios clínicos, controlados, randomizados ou não. No entanto, nenhum artigo atingiu os critérios de inclusão para esta revisão, por isso nenhum artigo recuperado foi selecionado. Embora seja elevada a distribuição dos transtornos mentais no Brasil, percebe-se que a prática farmacêutica junto à população brasileira portadora dessas doenças é extremamente reduzida ou pouco divulgada. O farmacêutico ainda está muito ligado às atividades gerenciais, de logística do medicamento, contribuindo principalmente para a disponibilidade e oferta do mesmo. Outro fator determinante para atuação do farmacêutico na Saúde Mental e divulgação de suas experiências é a sua formação, que deve habilitar o profissional para atuar nos diferentes níveis de atenção e cuidado ao paciente, deixando de lado a formação tecnicista voltada principalmente à produção do medicamento. No entanto, a formação deste novo profissional requer a mudança de comportamentos e de entendimentos para a visualização dos aspectos clínicos, o que exigirá um tempo considerável. Sendo o profissional farmacêutico o detentor de conhecimentos específicos sobre o uso dos medicamentos, é evidente a necessidade de inclusão deste profissional na equipe de atendimento multiprofissional dos serviços de atendimento de saúde mental do SUS. A ausência de estudos sobre as atividades clínicas do farmacêutico em Saúde Mental no SUS aponta para a necessidade de avaliar os impactos de suas intervenções, com seus desfechos clínicos de modo a permitir um melhor entendimento do papel deste profissional na Saúde Mental. |
en_US |
