Resumo:
O tabagismo é considerado uma doença pediátrica que traz vários impactos para a saúde
pública. Apesar da redução da prevalência do tabagismo nos últimos anos, a indústria do
tabaco vem investindo cada vez mais em novos consumidores e o público mais vulnerável
são os adolescentes. Diante disso, é fundamental o desenvolvimento de iniciativas
voltadas para a prevenção do tabagismo para esse público. O presente trabalho tem como
objetivo relatar a experiência do desenvolvimento de ações de prevenção do tabagismo
entre adolescentes, nos anos de 2019 a 2020, propostas pela Secretaria de Estado de Saúde
de Minas Gerais. Inicialmente, foi pensado e discutido no Grupo de Trabalho Intersetorial
Estadual do Programa Saúde na Escola do Estado de Minas Gerais (GTI-E), instituído
por resolução conjunta entre a SES-MG e a SEE-MG, propostas de ações de prevenção
do tabagismo entre adolescentes. A importância do trabalho intersetorial entre a Saúde e
a Educação para o desenvolvimento de iniciativas voltadas para o enfrentamento do
tabagismo entre adolescentes se faz necessária visto que a escola constitui um espaço
potente para a discussão de questões que envolvem a saúde desse público. Ademais, é um
público que pouco frequenta as unidades básicas de saúde. A experiência envolve a
elaboração de uma campanha de controle do tabagismo voltada para adolescentes; a
elaboração de um documento orientador para apoiar as escolas no desenvolvimento de
ações de prevenção do tabagismo e a descrição do processo de realização de oficina piloto
de prevenção do tabagismo em duas escolas estaduais de Minas Gerais com adolescentes
e professores. Nas abordagens realizadas com os adolescentes, buscou-se utilizar a
educação entre pares e métodos ativos de aprendizagem, visando despertar o interesse
desse público para a temática e promover uma reflexão crítica sobre o consumo dos
produtos derivados do tabaco. A partir do relato é possível observar que o
desenvolvimento de ações de comunicação e educação em saúde para a prevenção do
tabagismo entre adolescentes é fundamental. Ademais, a efetividade das ações requer a
articulação entre os profissionais que atuam na saúde e os que atuam na educação, além
de considerar os adolescentes como sujeitos nas ações de comunicação e educação em
saúde.