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O Matriciamento em Saúde Mental com sua proposta de integração da Saúde Mental
na atenção básica se constitui como uma importante estratégia de articulação e
compartilhamento de saberes e práticas para a efetivação dos propósitos da Reforma Sanitária
e da Reforma Psiquiátrica. Trata-se de uma prática em processo de construção na rede, que
necessita ser colocada em constante análise para que se afirme como uma importante
estratégia para a Promoção à Saúde e a desinstitucionalização do cuidado, contrariando a
lógica capitalista, pautada no individualismo, na competitividade e na segregação social. O
objetivo deste trabalho consiste em relatar a experiência de uma profissional do Centro de
Atenção Psicossocial - CAPS I do município de Cláudio, integrante de uma equipe
implantadora dessa proposta, que se fez relevante, na medida em que foi uma iniciativa do
serviço para priorizar os usuários em crise, em detrimento do grande número de usuários
estabilizados que estavam sendo atendidos em caráter ambulatorial. Compreende-se que o
matriciamento é o caminho para que o usuário seja atendido em todo o território, não só como
um usuário com transtorno, mas como um cidadão que necessita de um cuidado integral. A
troca de experiências nas reuniões e o esclarecimento das dúvidas da equipe da Unidade
Básica de Saúde (UBS) sobre como lidar com os usuários possibilita a reflexão sobre os
antigos estigmas de atendimento às pessoas com sofrimento e/ou transtornos mentais,
alicerçados em conceitos mais humanizados, ampliando a visão do cuidado psicossocial e da
rede que os atende. |
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