Resumo:
Os sintomas decorrentes do período do climatério interferem de maneira significativa
nos aspectos fisiológicos, psíquicos e sociais da vida de uma mulher. Tendo em
vista os riscos e efeitos colaterais incômodos de uma terapia
medicamentosa/hormonal, percebe-se a relevância clínica de terapias alternativas,
como a MTC/acupuntura no tratamento da síndrome do climatério. Acredita-se que
realizar uma revisão integrativa sobre essa temática é uma forma de subsidiar a
prática clínica de profissionais de saúde, bem como de contribuir na orientação de
novas pesquisas. Objetivo: Realizar uma revisão integrativa de literatura para
verificação de evidências científicas do uso da acupuntura na Síndrome Climatérica.
Metodologia: Revisão integrativa, realizada em dezembro de 2017, utilizando as
bases de dados LILACS, MEDLINE, SCIELO com a estratégia de busca
(menopause OR climacteric) AND acupuncture. Foram incluídos nas buscas artigos
que abordassem o tratamento por acupuntura tradicional chinesa em mulheres no
período do climatério; publicados nos últimos cinco anos (2013-2017); nos idiomas
português, inglês ou espanhol; disponíveis na íntegra eletronicamente e com acesso
gratuito. Foram selecionados 09 estudos, todos publicados em inglês. Resultados:
Os sintomas analisados foram vasomotores/ fogacho (n=6), distúrbios do sono
(n=5), sintomas depressivos (n=4), ansiedade (n=2) e ressecamento ocular,
estresse, dor, irritabilidade, sensibilidade mamária, distúrbios de memória e
urogenitais (n=1). Em relação aos pontos de acupuntura, os mais utilizados foram
BP 6, F 3, VG 20 e IG 4 (n=3), seguidos de VB 20, PC 6, R 3, VC 4, VC 6, B 2, B 18
e B 23 (n=2). As intervenções foram consideradas efetivas/eficazes em oito estudos.
Conclusão: Constatou-se que o uso da acupuntura para alívio dos sinais e sintomas
da síndrome climatérica constitui uma opção segura, com eficácia comprovada, que
proporciona alívio da sintomatologia e, conseqüentemente, melhor qualidade de vida
para a mulher. Além disso, é importante destacar que foram poucos os estudo
encontrados com essa temática. Assim, aponta-se a necessidade de investimento
em pesquisas mais amplas e bem delineadas, que evidenciem os procedimentos
realizados para que os achados possam subsidiar a prática clínica de profissionais
de saúde no manejo desta fase biológica da mulher.